Força feminina na DACHSER Portugal: Uma realidade poderosa e empoderada
Nos transportes e na logística, setor tradicionalmente masculino, a DACHSER Portugal conta, orgulhosamente, com uma equipa diversificada e inclusiva, onde as mulheres desempenham papéis cruciais em todas as etapas da cadeia de abastecimento. Para assinalar o Dia da Mulher, fomos, este ano, em busca das histórias e opiniões de algumas daquelas que fazem parte da nossa história.
Do planeamento estratégico à gestão operacional, as mulheres da empresa desafiam estereótipos e demonstram, diariamente, que o talento não tem género. Agradecemos às nossas colegas Eva Santos, Gabriela Dias, Goreti Faria, Isabel Lopes, Luísa Ferreira e Vera Barreto, por terem partilhado connosco o seu ponto de vista e experiências.
O Setor visto pelas mulheres da DACHSER
Goreti Faria começou a trabalhar na empresa “por acaso”, em março de 2001, pensando que seria uma experiência passageira. Volvidos quase 23 anos, Goreti Faria é, atualmente, Operations Manager Outbound na filial do Porto, e refere que “foi uma escolha acertada”. “A atividade não é de todo rotineira, é a área ideal para quem procura desafios diários, com orientação para a obtenção de resultados qualitativos e económicos, que obriga a pensar muitas vezes "fora da caixa". A DACHSER permite o contacto com outros países/mercados, numa troca constante de saber, o que leva a que a dimensão internacional do nosso trabalho seja sentida diariamente”, acrescenta Goreti.
Começou a trabalhar no setor apenas com 19 anos e, na DACHSER, já cumpriu 17 anos ao serviço. Vera Barreto assume funções de Customer Service Outbound na filial de Coimbra, e revela que, inicialmente, a integração não foi fácil: “Pensei que não ia conseguir manter-me a trabalhar nesta área, pois, para além de ser o meu primeiro emprego, era uma área desconhecida e em constante mudança. Nenhum dia era igual ao outro e em todos havia situações novas e diferentes”. Vera assume, também, que foi através do setor da logística que alcançou a independência, tornando-se uma mulher forte, feliz e realizada.
O transporte faz mover o mundo (...), logo é uma área muito importante para a sociedade e com grandes perspetivas de futuro.
Eva Santos iniciou o seu percurso na DACHSER, em 2010, tendo passado por diversos departamentos, como por exemplo a distribuição nacional, o tráfego de longa distância, a preparação logística de cargas e o apoio ao cliente. Atualmente, é Sales Executive na filial de Lisboa, e assume que, mesmo neste departamento, continua a sentir “uma grande minoria feminina”. Mesmo assim, Eva acredita que a sua experiência neste mundo tem sido “uma aprendizagem, marcada pelo crescimento e adaptação a um setor que, aos poucos, tem vindo a abrir as portas às mulheres”.
As mudanças no setor ao longo dos anos
Como tudo no mundo, também o setor da logística e dos transportes foi evoluindo ao longo do tempo. Luísa Ferreira, entrou na DACHSER há 20 anos e, desde então, já trabalhou em diferentes áreas da empresa. Atualmente, é Operations Manager, na filial de Coimbra, e acredita que a informática e as novas tecnologias, em geral, evoluíram bastante no sentido de facilitar as suas tarefas do dia a dia, como os seguimentos online, as leituras constantes de mercadoria e o GPS, sendo estes alguns exemplos que destaca.
Já Eva Santos salienta a maior abertura para a aceitação das mulheres no mercado logístico, em relação à década anterior: “A persistência e a ambição feminina, em nos afirmarmos neste universo, também se reflete nesta mudança. Nos últimos anos já nos deparámos com mulheres em posições que, antigamente, eram lideradas e ocupadas, maioritariamente, por homens”.
Com 19 anos de experiência, Gabriela Dias pertence ao departamento de Collect Orders na filial de Lisboa, e refere que os avanços tecnológicos vieram fazer uma grande diferença: “Não digo que tem sido sempre fácil a adaptação, visto que, quando entrei nesta área profissional, a utilização dos meios tecnológicos não era tão fulcral como neste momento.” Na opinião de Isabel Lopes, International Operations, no Porto – que já conta com cerca de 20 anos de conhecimento no mundo dos transportes –, “o setor está muito mais exigente e competitivo, pelo que o maior desafio é apresentar soluções competitivas e de qualidade aos clientes”.
A escassez de mulheres que, ainda, se verifica
Apesar de o setor ainda ser dominado por homens, existem algumas razões que, ao longo dos anos, podem ter levado a este cenário. Na opinião de Isabel Lopes: “A verdade é que encontramos muito poucas mulheres a trabalhar nos armazéns, não só por ser um espaço principalmente masculino, mas também por este se assumir ainda como um trabalho pesado e com horários que dificultam a gestão da vida familiar”.
“Provavelmente porque, no passado, era um trabalho muito físico, por exemplo no que se refere à manipulação e entregas de mercadoria, e porque obrigava a longas ausências, no caso dos motoristas de longas distâncias. Mas esta tendência tem vindo a mudar, na minha opinião. Cada vez temos mais mulheres a trabalhar nos transportes e nas mais diferentes áreas do setor”, afirma Luísa Ferreira.
Goreti Faria tende a concordar com a opinião da colega, referindo que: “Historicamente este era um setor masculino, pelos horários e pela tipologia de trabalho mais físico. Daí as mulheres participarem apenas nas tarefas mais administrativas. Com a tecnologia que modernizou a atividade, e com a aplicação de novas formas de mecanização, algumas portas mais difíceis de abrir estão, paulatinamente, a entreabrir-se”.
Não ter “medo do preconceito” é meio caminho para entrar no setor
Estas mulheres têm, também, umas palavras para partilhar com todas as mulheres que gostavam de entrar no setor. Na ótica de Luísa Ferreira: “O transporte faz mover o mundo (apesar de, às vezes, ser menosprezado), logo é uma área muito importante para a sociedade e com grandes perspetivas de futuro. Já Vera Barreto aconselha a que se adote “uma postura muito resiliente, pois a logística é algo pouco monótono e que está sempre em constante mudança, trazendo uma diversidade própria, sendo que todos os dias têm novos desafios”.
Goreti Faria faz uma analogia ao setor com um verso de um poema de Fernando Pessoa: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se". A profissional considera que: “O preconceito (sobre ser uma área masculina) não pode grassar as poucas mulheres que estão na área porque estas diferenciam-se pelo seu lado mais empático e trazem uma lufada de diversidade na abordagem ao setor.”
“É necessário ter uma grande paixão pelo trabalho e também muita paciência associada pois não é uma área fácil, mas é muito recompensadora. Diria que, se alguma mulher quiser embarcar na aventura que é este setor, precisa ter coragem e determinação. E, assim, conseguirá, obviamente, alcançar todos os seus objetivos”, refere Gabriela Dias.
Isabel Lopes conclui que as mulheres deverão “encarar o desafio com garra, brio, disciplina, vontade de aprender e sem medo do preconceito. Dessa forma vão conseguir fazer o seu caminho e agarrar as oportunidades que vão surgindo”. É este o melhor conselho que pode dar às mulheres que pretendem entrar para o setor.
Em conclusão, neste dia 8 de março, a DACHSER Portugal quer parabenizar todas as mulheres que, dia após dia, acrescentam muito valor à empresa. Na DACHSER, acreditamos que nunca será o género a definir a competência e a credibilidade de uma pessoa, pelo que iremos continuar a trabalhar para promover a igualdade de género.