Mais eficiência, maior proteção climática

A DACHSER leva muito a sério as questões de inovação e proteção climática, incluindo o aspeto da eficiência. Por exemplo, há algum tempo que tem vindo a mudar a iluminação dos terminais de carga e armazéns para iluminação LED e, em toda a Europa, os empilhadores estão a ser atualizados para a tecnologia de iões de lítio. Pode explicar-nos porque motivo a eficiência energética desempenha um papel tão importante na vossa estratégia climática?

A eficiência é uma questão importante na logística em geral, e uma questão à qual dedicamos a nossa atenção há muito tempo. É por isso que também desempenha um papel importante na nossa estratégia climática. Afinal, uma logística eficiente é, por definição, amiga do ambiente; por exemplo, evitar viagens sem carga significa menos camiões na estrada. Na DACHSER, também usamos, há vários anos, camiões de estrado duplo, o que aumenta significativamente a utilização da capacidade. Esta não é uma tecnologia completamente nova, mas é um elemento importante para evitar quantidades significativas de gases de efeito estufa nos transportes.

Outra opção para transportar mercadorias com maior eficiência e reduzir as emissões de CO2 é a utilização de veículos combinados mais longos. Isto é verdade?

Sim, precisamente porque são eficientes. Sempre que seja legalmente possível e economicamente justificável, usamos veículos combinados mais longos, de vários tipos, em diferentes países, há vários anos. Na Alemanha, estamos atualmente a testar o uso de semirreboques mais longos para transporte de alimentos. E para serviços transfronteiriços regulares entre a Alemanha e a Holanda, estão em uso, desde 2021, dois veículos combinados mais longos tipo 3. Neste caso, a substituição dos veículos convencionais pelas combinações mais longas representa, por si só, uma economia de 124 viagens por ano. São 60.750 quilómetros não percorridos, 20.000 litros de gasóleo economizados e, portanto, uma redução de gases com efeito estufa de cerca de 63 toneladas. Esta é uma medida que costuma ser economicamente viável, prática e de rápida implementação.

No entanto, as condições para a utilização de veículos combinados mais longos ainda não são as ideais ou ainda não foram definitivamente clarificadas. Idealmente, os mega trailers deveriam ser considerados independentemente da ideologia em matéria de política de transportes, e os legisladores europeus poderiam apoiar ainda mais o seu potencial para reduzir os gases com efeito de estufa a curto prazo. O papel que os veículos combinados mais longos desempenham na eficiência energética continuará a ser importante no futuro, porque mesmo os veículos de zero emissões com sistemas de propulsão elétrica devem usar a eletricidade verde com moderação.

Entendemos que a DACHSER também planeia aumentar significativamente a quantidade de mega trailers no futuro para se tornar ainda mais eficiente para os seus clientes.

Sim, e também para reduzir o CO2. Os mega reboques, também conhecidos como “lowliners”, têm o mesmo comprimento e largura, mas uma maior profundidade, aumentando a quantidade de espaço de carga. Ou seja, proporcionam uma maior economia de combustível do que os reboques convencionais e, portanto, são particularmente adequados para transportes de elevado volume. Isto otimiza a utilização da capacidade e, ao mesmo tempo, melhora a pegada de carbono dos transportes – eficiência logística por excelência. O nosso objetivo é concluir a conversão para cerca de 680 novos mega trailers na Alemanha até 2027, e pretendemos também obter bons progressos a nível europeu até lá.

Além de inovação e eficiência, a DACHSER conta a responsabilidade inclusiva entre os pilares da sua estratégia de proteção climática. Qual é a história por trás desse terceiro pilar?

A responsabilidade inclusiva é um dos valores fundamentais da DACHSER. É essencial para todos os colaboradores e em muitos momentos ao longo das nossas atividades comerciais. Quando se trata de proteção climática, a responsabilidade inclusiva é evidente em vários aspetos. Por exemplo, os nossos cálculos internos incluem não só as emissões de carbono das nossas próprias instalações e veículos – identificados na nossa indústria como âmbito 1 e âmbito 2 - mas também nos consideramos responsáveis pelos gases com efeito estufa produzidos pelos nossos parceiros de transporte em terra, no mar e no ar. Estas emissões de âmbito 3 também fazem parte da nossa pegada de carbono, ainda que nem sempre estejamos em condições de as influenciar ativamente. Basta pensar nas emissões dos aviões de carga ou navios porta-contentores.

Poderia citar outros exemplos de responsabilidade inclusiva?

Sim alguns. Um deles é o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável fora do nosso modelo empresarial. Desde 2005, por exemplo, apoiamos projetos da instituição de caridade infantil “terre des hommes” no sul da Ásia e de África, e na América Latina. Queremos também promover parcerias e projetos semelhantes na área da proteção climática e estamos atualmente a analisar várias opções nesta área.

Tempos emocionantes! Mas não existem ainda grandes obstáculos a serem superados antes de podermos atingir zero emissões líquidas na logística?

Sim, mas na DACHSER propusemo-nos a remover esses obstáculos um por um.