Progressos no caminho da mudança
A indústria química é fundamental para a competitividade tecnológica da Europa. Quase todas as indústrias dependem direta ou indiretamente da indústria química e dos seus produtos, processos e procedimentos, uma vez que é o primeiro elo de muitas cadeias de abastecimento. Por outras palavras, assegurar o futuro da indústria química significa assegurar o futuro da Europa como centro de negócios.
Serão necessários grandes esforços para que esta indústria, responsável por cerca de 5% das emissões de CO2 na Alemanha (de acordo com os cálculos da Associação Alemã da Indústria Química VCI) e 3,4% em Espanha (de acordo com os cálculos da Secretaria de Estado do Ambiente), atinja o objetivo de zero emissões líquidas até 2050, em conformidade com o Pacto Verde da UE. As prioridades incluem a transição para fontes de energia verdes, uma maior utilização de matérias-primas renováveis e uma melhor gestão do ciclo de vida dos produtos. Os processos sustentáveis a montante e a jusante, incluindo a logística em particular, são também cruciais.
Crescimento amigo do ambiente
A transformação a qualquer preço, por exemplo através da redução de serviços logísticos essenciais, não é uma opção. Pelo contrário, prevê-se que o número de transportes rodoviários, ferroviários, aéreos e marítimos aumente. Isto significa que é vital tirar partido das tecnologias disponíveis para reduzir cada vez mais o impacto climático dos serviços de logística e, assim, otimizar a logística dos clientes em relação aos seus próprios objectivos de sustentabilidade.
Assegurar o futuro da indústria química significa assegurar o futuro da Europa como centro de negócios.
Oferecer uma logística "neutra para o clima" através do comércio de direitos de emissão de carbono não é certamente uma solução sustentável a longo prazo. Não ajuda nem o clima nem as empresas com utilização intensiva em energia que emitem grandes quantidades de gases com efeito de estufa (GEE). O que importa é evitar e reduzir efetivamente as emissões, mesmo que este seja um caminho muito mais complexo e trabalhoso. Uma vez esgotadas todas as possibilidades de reduzir as emissões por meios técnicos, justificam-se os projetos de compensação das emissões de GEE. Estes projetos devem, no entanto, ser cuidadosamente avaliados em função de padrões de qualidade estabelecidos.
O compromisso ativo com uma maior sustentabilidade compensa e reflete-se nas classificações das plataformas de classificação, como o Carbon Disclosure Project (CDP) e a EcoVadis, que também são utilizadas pelos clientes da indústria química. As avaliações dos fornecedores nos termos do Sistema de Avaliação da Qualidade e Segurança (SQAS) desempenham um papel importante para a indústria química. Estas avaliações podem verificar se os processos de trabalho são continuamente melhorados para proteger os trabalhadores, o público e o ambiente.
Quatro áreas de intervenção para o desenvolvimento sustentável
Para os fornecedores de serviços de logística, há quatro áreas de intervenção que são fundamentais para uma maior sustentabilidade: eficiência dos processos, eficiência energética, investigação e inovação e compromisso social para além da própria empresa.
Tanto do ponto de vista do cliente como do prestador de serviços, o aumento contínuo da eficiência dos processos logísticos (por exemplo, através da utilização de aplicações de inteligência artificial ou da Internet das Coisas) é uma alavanca importante para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE). Outras ferramentas eficazes para otimizar a eficiência dos processos são a maximização da utilização da capacidade dos camiões, por exemplo, através da utilização de megatrailers e camiões mais longos, a eliminação intencional de quilómetros a vazio e a utilização deliberada do transporte multimodal no transporte combinado.
Sempre que possível, deve ser dada prioridade à eficiência energética e à utilização de energias renováveis. Por exemplo, todas as instalações logísticas da DACHSER em todo o mundo funcionam inteiramente com energia verde. Ao mesmo tempo, a empresa está a acelerar o investimento em sistemas fotovoltaicos instalados nos seus próprios edifícios. A iluminação LED, os sistemas de movimentação de carga a bateria e o baixo consumo de energia através da recuperação de calor também contribuem de forma significativa para atingir os objetivos de eficiência. Os camiões elétricos e as bicicletas de carga já são utilizados como padrão para entregas sem emissões de todos os envios não refrigerados em vários centros urbanos. Até ao final de 2025, a DACHSER terá implementado este conceito em 24 grandes cidades europeias.
O terceiro campo de ação, a investigação e a inovação, centra-se na preparação do futuro da logística sem emissões. Os veículos sem emissões para o transporte de curta e longa distância, bem como as infra-estruturas de carregamento, estão a ser testados em três centros de mobilidade elétrica na Alemanha. Uma vez que a eficiência também reduz as emissões, a digitalização e a otimização de processos apoiada por IA também desempenham um papel importante. Para o efeito, foi lançado o projeto DACHSER Enterprise Lab com o apoio do Instituto Fraunhofer IML. Este projeto centra-se em inovações que tornam o fluxo de mercadorias e os processos associados mais digitais, mais eficientes e mais sustentáveis.
Por último, a fim de alcançar um posicionamento sustentável, as atividades sociais para além das esferas de influência comercial e geográfica da empresa também desempenham um papel importante. Nesta quarta área de intervenção, a DACHSER centra-se na sua parceria com a organização de ajuda às crianças "terre des hommes". A proteção dos recursos naturais está no centro destes projetos. Para além de constituir uma verdadeira ajuda para as crianças, esta preservação é particularmente importante nos países em desenvolvimento e emergentes, que são fortemente afetados pelos efeitos das alterações climáticas.
Em suma, um prestador de serviços de logística pode contribuir para a sustentabilidade e a proteção climática nestas quatro áreas-chave de ação. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer. Por exemplo, na perspetiva atual, presume-se que a substituição completa dos camiões a gasóleo no transporte rodoviário demorará mais 15 a 20 anos. Por conseguinte, a proteção do clima exige muita perseverança e, acima de tudo, o esforço conjunto de todos os participantes no mercado: clientes, fornecedores de logística, parceiros de transporte e transportadores.